A família da adolescente de 17 anos que morreu acidente entre carros provocado por um motorista embriagado na Rodovia Aristides da Costa Barros (SP-157), em Itapetininga (SP), relatou sobre a sensação de impunidade e cobrou agilidade no julgamento do processo.
Conforme o registro policial, a colisão ocorreu no dia 24 de julho, após um condutor invadir a pista contrária e atingir o veículo onde estavam Jenifer Pereira de Oliveira e outras quatro pessoas, incluindo o filho dela, de apenas um ano.
"São dois meses de luto e sofrimento. A dor da perda já é difícil, mas saber que a pessoa que causou acidente está solta, vivendo como se não tivesse tirado a vida da Jenifer, dói mais ainda. A gente vê no jornal, mas nunca imagina que pode acontecer com alguém da nossa família. A Jenifer entrou para a estatística dos acidentes e da impunidade", lamentou Cláudio Antônio da Silva de Lima, padrasto da adolescente.
O motorista que provocou o acidente foi submetido ao teste do bafômetro, que constatou a presença de 1,26 miligramas de álcool por litro de ar nos pulmões dele. Ainda segundo a polícia, ele não possuía Carteira de Habilitação Nacional e já tinha passagens por dirigir sob a influência de álcool.
O homem teve a prisão preventiva decretada, no entanto, um mês após o ocorrido teve a liberdade provisória, sem fiança, concedida pela Justiça.
"A condenação até pode acontecer logo, mesmo assim, sabemos que a Justiça tem sido falha em casos assim. Tenho medo dele pegar um aninho, em regime aberto, e ficar por isso. A Jenifer foi a vítima mais grave desse homem, mas não foi a primeira. Se ele ficar solto, ele fará outras", desabafou Cláudio.
Além de conviver com o luto e buscar por justiça, o padrasto contou ainda que a família ainda convive com outro desafio: a falta que o bebê de Jenifer sente. Para evitar a tristeza, a família optou por remover as fotos da adolescente que estavam espalhadas pela casa.
"Ele é muito pequeninho e está começando a falar, mas quando veio em casa e viu as fotos da Jenifer ficou desesperado atrás dela. Ele entrava no banheiro, quarto e observava. Foi muito doloroso. A Jenifer era mãe e filha. Só espero que a justiça seja feita. É o mínimo pra toda essa tristeza que estamos passando.
G1
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