154 VIDAS PERDIDAS: O TRISTE TRAJETO DO VOO 1907, ACIDENTE AÉREO QUE CHOCOU O PAÍS

 Ocorrido em 2006, o acidente do voo 1907 da Gol representou uma das maiores tragédias envolvendo aeronaves já ocorridas. O boeing, no qual estavam 148 passageiros e 6 tripulantes, partiu de Manaus às 15h35 em direção ao Rio de Janeiro com escala em Brasília.


No entanto, o avião nunca chegou ao seu destino. Às 16h53 da tarde, o boeing bateu em um jato Legacy no ar e caiu, de modo que todas as pessoas que estavam a bordo morreram. O jato havia acabado de ser adquirido pela ExcelAire, dos EUA, e tinha partido de São José dos Campos em direção à cidade de Fort Lauderdale, na Flórida.


No dia 29 de setembro, o avião, que estava sob o comando de Décio Chaves Junior e do copiloto Thiago Jordão, sobrevoava o estado do Mato Grosso, quando foi surpreendido por um jato Embraer Legacy 600. O winglet (peça que fica na ponta das asas) esquerdo do jato atingiu a asa direita do boeing, de modo que um terço dela foi arrancado, o que fez com que a aeronave perdesse a estabilidade.


Nesse momento o piloto da aeronave gritou: “Rapaz do céu, não acredito que isso está acontecendo!” Ele tentou desesperadamente estabilizar o avião, no entanto, a aeronave já estava caindo. A queda do boeing ocorreu durante 63 segundos, com a aeronave dando voltas em parafuso, de modo que começou a se desintegrar ainda no ar.


A outra aeronave sofreu danos, mas conseguiu realizar um pouso de emergência na Base Aérea do Cachimbo, no Pará, onde a tripulação foi detida. Nenhum dos passageiros (dois executivos da ExcelAire, dois representantes da Embraer e um jornalista) que estavam a bordo do jato sofreram lesões. No entanto todas as 154 pessoas que estavam no boeing morreram.


Erros que levaram ao acidente


Vários foram os erros cometidos pelos pilotos do Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino, e de outros envolvidos. O primeiro deles foi o fato de terem feito poucas horas de voo com o jato antes de realizarem uma viagem com passageiros. E esse foi o ponto crucial que acabou por levar ao acidente.


Durante o voo, Lepore e Paladino, que ainda estavam aprendendo os comandos, ativaram o piloto automático e desligaram acidentalmente o sistema anticolisão, o qual emite um sinal sonoro e visual para a torre de controle quando há outra aeronave próxima. Além disso, outros aviões não podiam perceber a presença do Legacy. Ou seja, uma verdadeira desgraça.


Assim que perceberam o erro, os controladores tentaram alertar Lepore e Paladino, no entanto, havia grande dificuldade em lidar com a comunicação: os pilotos não compreendiam o inglês deles.



Além disso, a torre local de São José dos campos informou aos pilotos que eles deveriam fazer o voo a 37.000 Pés. No entanto não disse que em algum momento essa altitude deveria ser alterada para 36.000 pés.

Para o escritor Ivan Sant’Anna, os pilotos foram imprudentes ao não checarem as informações sobre o voo. “Eles estavam com a carta de voo na cabine, mas não se deram ao trabalho de checá-la”, declarou.


Em 2011, Lepore e Paladino foram acusados de negligência e condenados a três anos de prisão em regime aberto. Eles tentaram recorrer, mas foram condenados em última instância pelo Supremo Tribunal Federal em 2015. Em 2017, a Justiça Federal do Mato Grosso decretou a prisão deles.

Ocorrido em 2006, o acidente do voo 1907 da Gol representou uma das maiores tragédias envolvendo aeronaves já ocorridas. O boeing, no qual estavam 148 passageiros e 6 tripulantes, partiu de Manaus às 15h35 em direção ao Rio de Janeiro com escala em Brasília.


No entanto, o avião nunca chegou ao seu destino. Às 16h53 da tarde, o boeing bateu em um jato Legacy no ar e caiu, de modo que todas as pessoas que estavam a bordo morreram. O jato havia acabado de ser adquirido pela ExcelAire, dos EUA, e tinha partido de São José dos Campos em direção à cidade de Fort Lauderdale, na Flórida.








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