Uma profissional de saúde denunciou, esta semana, mais um caso de superlotação no Hospital João Paulo II, em Porto Velho. Segundo a profissional os pacientes ficam deitados em colchões espalhados pelos corredores, que deveriam ser utilizados por servidores na “sala de repouso”.
As alas seguem lotadas e a maioria dos pacientes aguardando atendimento se acomodavam no chão, por falta de acomodações. Uma das pacientes é a diarista Rosileuda da Conceição. Ela chegou na unidade há sete dias, precisando de uma cirurgia no quadril e ainda não teve o problema resolvido.
“Aqui os banheiros são precários, o pessoal fica no corredor, médico aqui não tem atendimento adequado pra todos os tipos de doença e é uma enfermeiro pra 90 pacientes”, relata.
A esposa de Leonardo de Lima Marques também está entre os pacientes que aguardam cirurgias. Ele conta que ela está há dias internada sem poder amamentar a filha de apenas dois meses e este não é o único problema.
“Não tem previsão de que dia ela vai ser operada e não dão alta pra ela. Ela não tá se alimentando aí, porque a comida é péssima”, aponta.
A diretoria do pronto socorro do hospital informou que a maioria das procedimentos pendentes são ortopédicos. Isso porque, nos últimos três meses, sete médicos pediram demissão na área da ortopedia, causando a perda de 455 cirurgias por mês. Uma nova ala para os pacientes deve ser instalada no Hospital Regina Pacis, que deve, no futuro, contribuir para desafogar a demanda no João Paulo II.
Ainda segundo a diretoria, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesau) chegou a abrir licitação para ampliar o numero de médicos, mas as vagas ainda não foram preenchidas. A promotoria da saúde do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) informou que um procedimento chegou a ser aberto, mas ele foi arquivado porque esse é problema crônico que só será resolvido com construção de um novo hospital.
Comida estragada
Pacientes do Hospital João Paulo II, em Porto Velho (RO), dizem receber comida com insetos e larvas de mosca. O Diário da Amazônia recebeu imagens de refeições supostamente contaminadas com os insetos.
Servidores e pacientes que estão internados no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho, fotografaram as refeições servidas no local com insetos, larvas e “tapurus”, que segundo eles, estão sendo servidas diariamente.
“Fiquei o dia inteiro sem me alimentar. A comida estava com insetos e imprópria para o consumo”, disse uma das pacientes do hospital.
Sesau diz não ter encontrado irregularidades
O Diário da Amazônia tentou contato com a Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (Sesau), que informou:
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que na terça-feira (12) foi realizada reunião com o diretor do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II e representantes da empresa responsável pelo fornecimento de alimentos na unidade.
No encontro foi abordado questões pertinentes à execução do contrato de fornecimento de alimentos preparados, haja vista a necessidade de esclarecimentos à sociedade e aos usuários do sistema de saúde do Estado de Rondônia ante as notícias de má prestação do serviço no hospital, pela contratada. A fiscalização na empresa junto à produção foi feita de forma imediata, e constatou-se que os fatos veiculados na mídia não foram identificados.
A Sesau tem, como medida, realizar o acompanhamento por meio da sua equipe de monitoramento da qualidade dos serviços prestados aos usuários do sistema de saúde do Estado. Ainda, ressalta que todas as tratativas para o fortalecimento dos serviços quanto ao fornecimento de alimentação no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II estão sendo empregadas no intuito de bem atender aos pacientes.
Por Redação
DIÁRIO DA AMAZÔNIA

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