Ambulância envolvida em acidente que matou 5 pessoas em MG não podia estar rodando, diz PRF

 O acidente aconteceu na quinta-feira (21), no km 736, em Santos Dumont. O veículo voltava de Belo Horizonte para Juiz de Fora, quando entrou na pista contrária e atingiu uma carreta, com placa de Conselheiro Lafaiete.



Ele pertence à frota da Guardiões Resgate, que presta serviços para a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora desde março de 2021.

Segundo a PRF, o licenciamento da viatura estava vencido desde 2021 e, por este motivo, andava de maneira irregular.


“Nenhum veículo que não esteja devidamente licenciado pode estar circulando livremente. Em princípio o veículo precisa ter todas as taxas, multas, restrições, qualquer coisa que gere impedimento para o licenciamento, ela precisa fazer o desembaraço dessas situações”, explicou o policial rodoviário federal Junie Penna.


Conforme a PRF, não há ressalvas para ambulância ou outros tipos de veículos do serviço de saúde.


“Todos os veículos que circulam em território nacional precisam estar devidamente registrados e devidamente licenciados”.

O g1 fez contato com a Polícia Civil, que informou que a equipe responsável está realizando os levantamentos iniciais para abertura do inquérito.


Já a direção da Guardiões Resgate disse que vai se pronunciar somente após as conclusões das investigações oficiais.


Multa por direção sem cursos obrigatórios

De acordo com apuração do g1, a ambulância acidentada já levou multas por mau estado de conservação, excesso de velocidade e até mesmo direção sem cursos específicos obrigatórios.


Em 2023, o veículo, emplacado em Juiz de Fora, teve, ao menos, cinco notificações.


Quatro multas aplicadas em 26/02/2023 pela Polícia Rodoviária Federal:


sem licenciamento;

mau estado de conservação;

equipamento de iluminação alterado;

dirigir sem cursos específicos obrigatórios.

Uma multa aplicada em 23/10/2023:


transitar em velocidade superior à máxima permitida, em Mogi das Cruzes (SP).

O g1 questionou a PRF e à Polícia Civil se Leonardo Luiz Neves da Silva, que conduzia o veículo no dia da tragédia, apresentava o curso, mas não recebeu retorno. A exigência pelo Curso Especializado no Transporte de Emergência é da Resolução 168/04 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

G1

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