A Embrapa informa: “Capiaçu, em tupi-guarani, significa ‘capim grande’. A cultivar não nega o nome, ultrapassando cinco metros de altura. O resultado é alta produção de biomassa. Essa é sua melhor característica. A gramínea é indicada para cultivo de capineiras. No período da seca, pode ser fornecida para os animais picado verde no cocho ou como silagem”, adianta o pesquisador Mirton Morenz, da Embrapa.
Ele continua: “A vantagem de utilizar o capim verde é que, nessa condição, apresenta maior valor nutritivo. Quando o capim é cortado aos cinquenta dias chega a ter 10% de proteína bruta, índice superior ao da silagem de milho, com cerca de 7%”. O teor de proteína cai para 6,5%, com o corte aos 90 dias e 5,5%, se for cortado aos 110 dias. O processo de ensilagem também diminui a quantidade de proteína, que passa a ter um teor pouco acima de 5%.”
A BRS Capiaçu foi obtida por meio do programa de melhoramento genético de capim-elefante da Embrapa. A cultivar é o resultado do cruzamento de variedades pertencentes ao banco ativo de germoplasma de capim-elefante (BAGCE), mantido pela Embrapa. O Programa foi criado em 1991. A primeira cultivar desenvolvida foi a Pioneiro, lançada em 1996. Em 2012, lançou-se a BRS Kurumi, que por apresentar porte baixo é mais adaptada ao pastejo rotacionado, divulga a instituição.
Segundo a Embrapa, foram necessários 15 anos para se desenvolver esta nova variedade de capim-elefante. Outro pesquisador, Antônio Vander Pereira explica que uma série de cruzamentos e avaliações foram realizados. Os cruzamentos deram origem a cerca de dois mil híbridos, tendo sido selecionados apenas 50 materiais promissores, que foram testados em 17 estados. “Os híbridos com melhores resultados foram a BRS Capiaçu, com boa adaptação em todo o Brasil, e a BRS Canará, que apresentou boa adaptabilidade em capineiras para os biomas amazônico e cerrado”, ele diz.
A Embrapa informa que a comercialização começa em meados de 2017.
Maiores informações: (32) 3311-7559

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