Motorista de ônibus escolar que capotou estava abalado demais para prestar depoimento, diz delegado

 O motorista do ônibus escolar que capotou na zona rural de José de Freitas se apresentou à Polícia Civil logo após acidente, mas não prestou depoimento porque estava abalado demais. No acidente, uma jovem morreu.



"Ele não foi ouvido ainda porque não tinha condição de ouvi-lo. Ele estava muito abalado, não tinha condição de traçar linha de raciocínio lógico naquele momento", comentou o delegado André Moreno, responsável pela investigação.

Ainda segundo o delegado André Moreno, o motorista fugiu do local do acidente por medo de ser linchado.


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Por ter se apresentado espontaneamente à Polícia, o motorista não pôde ser preso em flagrante pelo acidente. A investigação deve ser concluída e, se ele for considerado culpado pelo acidente, vai responder o processo em liberdade.


Tanto o motorista como as outras pessoas que estavam no ônibus, testemunhas e os familiares dos estudantes devem começar a ser ouvidos a partir da próxima semana.


Os policiais aguardam a conclusão da perícia técnica sobre o que pode ter causado o acidente. Esse resultado deve orientar o trabalho de investigação.


"A perícia vai conseguir determinar a velocidade em que o ônibus estava, se houve derrapagem, ou algum problema mecânico, que não pode ser descartado, ou mesmo a culpa de outro motorista, algum animal na pista...", exemplificou o delegado André.

Três das crianças e adolescentes que estavam no ônibus escolar que capotou, nessa quinta-feira (14), permanecem no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) nesta sexta (15). Eles sofreram um acidente na zona rural de José de Freitas. O quadro deles é estável e estão fora de perigo.


O nome e idade dos pacientes não foram divulgados. Segundo o diretor do HUT, Ítalo Costa, o quadro de saúde dos estudantes é o seguinte:


Um paciente sofreu traumatismo cranioencefálico e uma hemorragia cerebral pequena. A situação está sendo analisada, para verificar a necessidade de cirurgia. "Mas tudo indica que precise apenas de tratamento conservador", comentou o diretor Ítalo Costa.

O segundo se recupera de um procedimento cirúrgico por lesão de pele e partes moles que demandou uma cirurgia plástica, realizada nessa quinta-feira (14). Esse paciente sofreu também uma fratura na clavícula, e deve passar por cirurgia nesta sexta-feira (15).

O terceiro sofreu uma fratura de clavícula e um trauma no tórax, mas não precisa de cirurgia, apenas tratamento conservador.

Os três pacientes devem permanecer em observação no hospital até estarem prontas para receber alta.


15 crianças e adolescentes que chegaram a dar entrada no hospital sofreram escoriações, ferimentos leves, que não necessitaram intervenção imediata, e receberam alta ainda na quinta (14). Na manhã desta sexta (15), outras três foram liberadas, totalizando 18 altas.

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