Dois tomates, uma maçã, massa de mingau e um pouquinho de arroz e feijão. Esta é a comida que Luciana Roberta possui em casa para alimentar a ela e aos quatro filhos durante os próximos dias em Porto Velho. Quando acabar, a família não sabe como fazer para comprar mais.
Atualmente, a renda fixa mensal para os cinco integrantes da família é de R$ 400, vinda do Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família). Para tentar complementar a renda, o suficiente para manter os filhos e a casa, a mulher trabalha fazendo diárias de faxinas, por exemplo. Porém, nem sempre tem serviço.
“Deixo de pagar uma conta de luz ou a parcela do apartamento para não deixar faltar [comida] para eles [filhos]. Mas ainda assim eu não consigo suprir totalmente a necessidade deles”, aponta.
Quando não tem alimento em casa, nem trabalho de diária para conseguir dinheiro, a esperança de Luciana é conseguir doações. O café da manhã da quinta-feira (9), por exemplo, só foi possível porque uma vizinha a ajudou.
Segundo Luciana, com a renda que eles têm disponível e o alto preço dos alimentos atualmente, ela só consegue comprar os itens extremamente básicos. E a prioridades sempre são os filhos.
“Eu tenho que dividir bem direitinho, um pouquinho de cada. Às vezes eu não consigo nem um pouquinho de cada, sempre acaba faltando alguma coisa. A gente que é mãe e pai e vê as coisas faltando dentro de casa é muito doído. Chega a faltar, a gente conversa e explica. Os maiorzinhos até compreendem um pouco, os pequenos não entendem. É uma insegurança muito grande. A gente que toca o barco, só que é muito difícil”.
E além da alimentação, os R$ 400 também precisam cobrir contas de energia, parcelas do apartamento, gás de cozinha e outras necessidades básicas.
Jaru Online

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